sexta-feira, 21 de julho de 2017

Opinião: A rapariga de antes | J. P. Delaney

Olá.
Hoje trago a primeira opinião aqui no blog do último livro que li.


Sinopse:
|«Por favor, faça uma lista de todos os bens que considera essenciais na sua vida.»

O pedido parece estranho, até intrusivo. É a primeira pergunta de um questionário de candidatura a uma casa perfeita, a casa dos sonhos de qualquer um, acessível a muito poucos. Para as duas mulheres que respondem ao questionário, as consequências são devastadoras.


EMMA: A tentar recuperar do final traumático de um relacionamento, Emma procura um novo lugar para viver. Mas nenhum dos apartamentos que vê é acessível ou suficientemente seguro. Até que conhece a casa que fica no n.º 1 de Folgate Street. É uma obra-prima da arquitectura: desenho minimalista, pedra clara, muita luz e tectos altos. Mas existem regras. O arquitecto que projectou a casa mantém o controlo total sobre os inquilinos: não são permitidos livros, almofadas, fotografias ou objectos pessoais de qualquer tipo. O espaço está destinado a transformar o seu ocupante, e é precisamente o que faz…


JANE:Depois de uma tragédia pessoal, Jane precisa de um novo começo. Quando encontra o n.º 1 de Folgate Street, é instantaneamente atraída para o espaço —e para o seu sedutor, mas distante e enigmático, criador. É uma casa espectacular. Elegante, minimalista. Tudo nela é bom gosto e serenidade. Exactamente o lugar que Jane procurava para começar do zero e ser feliz.

Depois de se mudar, Jane sabe da morte inesperada do inquilino anterior, uma mulher semelhante a Jane em idade e aparência. Enquanto tenta descobrir o que realmente aconteceu, Jane repete involuntariamente os mesmos padrões, faz as mesmas escolhas e experimenta o mesmo terror que A Rapariga de Antes.|

|Género: Policial/ Thriller | Título original: The Girl Before | Páginas: 400 | Editora: Suma de letras|


Opinião:
 Tenho uma confissão a fazer: eu adoro policiais/ thrillers. Eles são sempre uma prioridade para mim em relação a outros géneros. Por isso, mal vi a capa e li a sinopse deste livro eu sabia que tinha de o ter.
  Infelizmente acabei por ficar desiludida. Queria imenso que a minha primeira opinião no blog fosse algo super positivo e que eu recomendaria imenso. Com isto, não quero dizer que o livro é péssimo, ou algo do género. Só esperava mais!

 A história é apresentada pelos olhos de duas personagens femininas, intercaladas: Emma, a inquilina anterior e Jane, a atual inquilina do nº1 de Folgate Street, uma obra de arquitetura minimalista que desde logo dá uma sensação de segurança e serenidade que elas precisavam depois de uns acontecimentos dramáticos nas suas vidas.
 Para lá viverem tiveram de preencher um questionário, esperar serem aceites pelo arquiteto e terem de aceitar uma série de regras impostas pelo mesmo, como: não ter objetos decorativos, móveis, animais de estimação, não fumar etc etc
 Ambas, logo se encontram presas a uma relação amorosa com o arquiteto, Edward Monkford, até que Jane descobre que a inquilina anterior era parecida fisicamente com ela, teve uma relação com Edward e morreu naquela casa, o que a leva a tentar descobrir o que verdadeiramente aconteceu.

  O que eu senti foi que o autor quis pegar em partes de vários sucessos literários dos últimos anos e juntar em um. O Edward tem muitos pontos em comum com o Grey. Assim como, ao longo do livro vamos encontrando algumas cenas de sexo que parecem ter sido ali colocadas só porque sim, ao estilo 50 sombras.
  Senti, também, que o autor queria tanto fazer acreditar o leitor que o vilão é x pessoa que logo suspeitamos que essa pessoa não fez nada. É como se tivesse entregado o final numa bandeja.

  Mas também teve pontos positivos. As restantes caracterizações das personagens foram muito bem conseguidas. Todas muito ricas e muito bem pensadas. Assim como, a interação com o leitor. Ao longo do livro vamos encontrando as tais perguntas do questionário que Emma e Jane tiveram de responder. Perguntas como: "Encontra-se perante a opção de salvar a estátua de David de Miguel Ângelo ou uma criança sem abrigo de morrer à fome. Qual escolhe?" o que fez com que, pelo menos eu, tenha respondido a essas perguntas mentalmente.

  Eu adorava conseguir só dizer coisas positivas sobre este livro. Eu queria mesmo ter gostado muito, muito. Talvez por ser o primeiro livro do género do autor. Talvez eu tenha começado a ler com expectativas muito elevadas, eu não sei. Eu só acho que a sinopse era tão boa que eu esperava mais. No entanto é um bom livro para quem gosta do género e só conseguimos parar de ler quando acaba.

     
         "Há também cedências da parte dele. Não temos estantes de livros em casa, mas ele
         tolera uma pilha ordenada de livros no quarto desde que as lombadas se encontrem
         perfeitamente alinhadas e não ameace cair. Só quando a pilha começa a inclinar-se           

         é que ele começa a franzir o sobrolho enquanto se veste."
                                                                                                                     Pág. 206




 Classificação: 3☆  

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