segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Poema De Aguardente em Casca de Noz | Telmo Barreira



Sinopse: 
| Este livro foi escrito com vestígios de imagens líquidas.

Húmus. E Sal. E terra fecunda.
Este livro foi escrito com a difícil matemática dos sentimentos. E a geometria imperfeita das emoções.
Este livro vive na truculência das intempéries. E na anamnese maiúscula dos sonhos.
Este livro tem entranhas. E cheiro fétido. Poema-Ojezira. De Filoctetes e feridas.
Este livro é um poema. Polaroid. De Cor-Gasolina. Inflamado no arco-íris e no preto e branco da vida.
Este livro. É o nosso livro. O nosso poema.
Hoje. A eufonia do tempo. Pintada a lápis de cor. |


| Género: Poesia |
| Páginas: 75 |
| Editora: Chiado Editora |
| PVP: 11.00€ |
Opinião:
 (Este livro foi o primeiro livro de parceria com a Chiado Editora.)

 Apesar de poesia não ser um género que leio muito, é dos géneros que mais mexe comigo porque, normalmente, são tão pessoais que fazem-nos "viver" certas situações vividas pelo autor ao longo da sua vida e trazem-nos à memória as nossas próprias vivências. 

 Eu gostei deste livro. Uma escrita fácil sem palavras muito complicadas, como muitas vezes, encontra-se em poemas. O interior do livro é muito bonito. Encontrámos ilustrações a separar os 3 capítulos com frases inspiradoras. E é uma leitura que se faz muito rápida.
 Os poemas são uma viagem pessoal do autor e são muito pessoais, claro. Infância, novas experiências e descobertas, sucessão de perdas são os 3 "temas" que podemos encontrar neste livro.
 Uma coisa que gostei muito foi o prefácio escrito pela Sónia Lavaredas.
 
 Para quem gosta do género acho que irá gostar muito. Para quem não costuma ler muitos poemas, recomendo. Como disse os poemas tem uma escrita muito acessível o que torna a compreensão mais fácil.


"Aos piqueniques no campo. Na febre da estação.
À água fria do rio. E à água salgada. No Verão.

À pureza da infância. Carregada de ilusão.
Aos nossos sonhos de berlinde. De baloiço. E escorregão.

À cicatriz no joelho dum passado trapalhão.
Aos nossos jogos na areia. De teatro e ficção.
Aos tesouros de búzios. E aos papagaio na mão.
(...)"  
                                                                    Pág. 22

Classificação: 4☆

Boas leituras,
Ana

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